sexta-feira, 20 de maio de 2016

Um pouquinho da nossa historia ... Direto da Africa até o Brasil de nossos dias... Uma história de raiz... por Dofona de OBESSEN (Claudia Lins Lima Leal)


Ludovina Pessoa (Mahi, +/-1854 - ) natural da cidade Mahi (marri), daomeana, África. Era iniciada para o Vodun Ogun,[1] era auxiliada por sua filha-de-santo Maria Romana Moreira (Kposusi Romaninha) do vodun Kposu e Maria Valentina dos Anjos Costa (Mãe Hunyo ou Runhó) do Vodun Sogbo (1877-1975).


Ludovina Pessoa ...


O inicio do culto Jeje Mahi no Brasil..

Ludovina Pessoa, ( +/1854 -)  natural da cidade Mahi (marri), daomeana.

Foi escolhida pelos Voduns para fundar três templos na Bahia.

Ela fundou:

Templo para Dan; Kwé Cejá Hundé, mais conhecido como a Roça do Ventura ou Pó Zehen (pó zerrêm) ou ainda "Zogbodo Male Gbogun seja Unde" em Cachoeira;
Templo para Heviossô Zoogodo Bogun Male Hundô Terreiro do Bogum em Salvador;
E o Templo para Ajunsun que não se sabe porque não foi fundado. Esse é o segmento Jeje Mahi do povo Fon.
O Templo de Ajunsun-Sakpata foi fundado mais tarde pela africana Gaiaku Satu, em Cachoeira e São Felix e recebeu o nome de Axé KPó Egi, mais conhecido por Terreiro Cacunda de Yayá, que tem como sua representante a Iyalorixá Maria de Lourdes Buana (Ya Ominibu Kafae foobá), filha de Mae Tança de Nanã (Jaoci) que era filha de Gaiaku Satu.

Segunda versão

Fundada pelos escravos Manoel Ventura, Tixareme, Zé do Brechó e Gaiaku Ludovina Pessoa, também conhecida como Ogum Rainha que muitos acham que ela deveria ter sido uma rainha mesmo, Manuel Ventura, era só o dono das terras.
Tixareme foi o primeiro Pejigan da Roça e Ludovina sería a primeira Gaiaku. Essa roça foi aberta por Ludovina para a sua filha Maria Ogorenssi mais conhecia como Ahum sime sime que levou essa roça com muita força e independência sendo assim denominada de Djejê Mahi Axé Seja Unde, onde ela iniciou alguns vodunsis, como o saudoso Tata Fomotinho (Antonio Pinto de Oliveira) ou Oxum Ojunto Deí, que foi para o Rio de Janeiro levando um pouco do que lá aprendeu.

Congresso Afro-indígena 1994

Depoimento de José Gomes de Lima – Zezinho da Boa Viagem: (Meu avô de Santo)



Quem trouxe os mahi para Cachoeira de São Félix foram os “tios”. Eles se dividiram em cachoeira porque junto com eles, em outra levada, vieram Tixarene, Zé do Brexó e outras pessoas mais que fundaram suas roças.
Vovô Ventura e Gaiaku Ludovina fundaram a roça do Kwe Seja Undê que é a roça de baixo; Tixareme fundou a roça de cima, quer dizer, duas nações jeje a vinte metros uma da outra… quando morre uma mãe-de-santo, nosso pai que descende de Komadavit, então é ele quem aponta a pessoa que vai ficar no trono.

A minha primeira zeladora foi Iyá Fortunata, Baiana de Pina. Filha de Oxum e Oyá. Posteriormente fui iniciado pelas mãos de Tata Fomotinho em São João de Meriti, Rio de Janeiro”

Tata Fomotinho foi o primeiro homem feito no Seja Undê em 25/12/1912. Veio para o Rio em 1930 abrindo sua casa mais tarde em 1936.

Luiza Franquelina da Rocha, nasceu em 1909 e é mais conhecida como Gayaku Luiza do Hunkpame Huntoloji, no alto da levada em cachoeira. É filha carnal do pejigan do Seja Undê.

Inicialmente foi feita no ritual ketu, sendo mais tarde “refeita” no ritual jeje por Gayaku Posusi Rumaninha (Maria Romana Moreira) no candomblé do Terreiro do Bogum em 1945, na qualidade de rumbono.

Gaiaku Romaninha não tinha terreiro fixo, por ser muito conceituada tinha acesso a todos, tendo sido “ Dere “, mãe-pequena do Terreiro Bate Folha, advindo daí, talvez, a influência de ritos jeje no ritual de Angola. Faleceu em 1956 com 115 anos de idade.

Os avós maternos de Dila de Obaluaye tinham cargo no candomblé de Rozena de Bessen: Afonsekoloanoo de Sango, foi o primeiro pejigan e Adpan Noeji foi feita de Oxumare.
Quando Aninha morreu, Dila tirou a mão com Mejitó, que lhe abriu a casa.

Mejitó, Adelaide do Espírito Santo, também conhecida como Donontinha, foi iniciada com 7 anos de idade em 1891, pois era costume fazer iniciação quando criança.

Era de Vodunjo e o nome dado foi Zinvode. Mudou o candomblé do bairro de Cavalcante para a Rua Cecília, em Coelho da Rocha, próximo à atual sede do Àsé Òpó Àfònjá do Rio de Janeiro. Com quem mantinha boas relações com a dirigente da época, Agripina de Souza.

Tirou dois barcos com seis pessoas, vindo a falecer em 1956.

Para finalizar também existe uma outra casa de Jeje na Bahia de nome àsé Póeji, na Cacunda de Yayá, com ritual Savalu e fundada por Gaiaku Satu de Cachoeira.

"Esta Nação é Jeje Mahi, que foi comandada por Sinhá Romana, irmã de Santo da Gaiaku Ludovina Pessoa.

Pela ordem genealógica os Sacerdotes:
Tixareme (Fundador)
Gaiaku Ogorensse,
Gaiaku Aballie,
Gaiaku Pararasse,
Gaiaku Gamo Lokosse que foi escolhida por Sinhá Pararasse para ser a herdeira do trono.
Etemim Aguéssi, Elisa Gonçalves, dona da terra.
Gaiaku Alda de Oyá - (Fomo Oiassy) atual sucessora.



2 comentários:

Felix Marinho disse...

Achei o texto bastante confuso, sendo que não sabemos quem está narrando, se é você ou o Tata Zezinho da Boa Vioagem.

Felix Marinho disse...

Outra questão, o que tem haver com o texto um vídeo com a Iyalorixá Beata de Iemanjá, que nem Jeje é ?