terça-feira, 27 de setembro de 2011

Erê


Erê - é o intermediário entre a pessoa e seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si;
reside no ponto exato entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá.

É por meio do Erê que o Orixá expressa sua vontade,
que o noviço aprende as coisas fundamentais do candomblé,
como as danças e os ritos específicos de seu Orixá.

A palavra Eré vem do yorubá, iré, que significa "brincadeira, divertimento".
Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”.
O Ere(não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja,
o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá.
Durante o ritual de iniciação, o Erê é de suma importância pois é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado.

O Erê é às vezes confundido com ibeji, que na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá,
pois o Erê é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão.
O Erê conhece todas as preocupações do iyawo (filho), também, aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”.

O comportamento do iniciado em estado de “Erê” é mais influenciado por certos aspectos de sua personalidade,
que pelo caráter rígido e convencional atribuído a seu orixá.
Após o ritual do orúko, ou seja, nome de iyawo segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas chamado Apanan.