terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Orixá regente do ano de 2014.





O ano de 2014 será regido pelo orixá Xangô, que, por coincidência, rege o primeiro dia do ano (quarta-feira). Filho de Oranian e Iemanjá, Xangô é o orixá dos raios, fogo, vulcões, trovões; tem uma personalidade forte e vingativa, porém justo. Sua ferramenta é o Oxê, machado de dois gumes;suas cores são: marrom, branco e vermelho; sua saudação é "kaôkabecilê". O pilão e a gamela também são símbolos desse orixá. Xangô é um dos orixás mais cultuados no Brasil e é considerado o orixá da justiça, porém é preciso não confundir, Xangô age como juiz e não como advogado. Apesar da força e da valentia, Xangô tem um forte caráter sensual, tendo se casado várias vezes; suas esposas mais conhecidas são Iansã, Obá e Oxum .Na umbanda, Xangô é sincretizado como São Jerônimo.

A influência de Xangô sob o ano de 2014 trará fortes tempestades, uma maior incidência de raios, incidência de raios, vulcões entrarão em atividade, situações ocultas e fraudulentas virão à tona para que a justiça divina seja feita. Violência e guerras não estão descartadas. Os anos regidos por Xangô são de altos e baixos, portanto o melhor a fazer é ter paciência e agir com parcimônia, procurando sempre analisar as coisas por vários aspectos antes de tomar qualquer partido. Xangô é um orixá próspero, porém sob sua influência as coisas acontecem aos poucos.


Em 2014 as pessoas deverão agir como o orixá, lutando por seus ideais, não desistindo diante dos obstáculos, agindo com extrema honestidade para não sofrerem a ira do orixá.



Xangô tem domínio sobre as pedreiras, portanto este é o melhor lugar para lhe fazer oferendas. Para agradar o orixá, pode ser ofertado a ele velas brancas, vermelhas, marrons, cerveja preta, amalá,(quiabo com camarão seco) ajabô, ( mel com quiabo ) mel de abelhas, maçãs vermelhas e bananas da terra.


Para abrir seus caminhos em 2014, você poderá fazer o seguinte ritual para Xangô: pegue uma vasilha branca grande e misture pipoca (sem sal) com sementes de girassol, arroz com casca (ou comum), alpiste e painço. Jogue a mistura no telhado de sua casa pedindo a Xangô que abra seus caminhos trazendo sorte, prosperidade e saúde para você em 2014. Você também poderá fazer a mesma mistura,ir até uma praça e passar a mistura desde a cabeça aos pés, deixando tudo cair sobre a terra. Peça tudo o que quiser de bom para o Orixá e nunca peça nada de negativo para este Orixá. Saia do local sem olhar para trás.



O Ano de 2014 também terá a influência dos orixás Oxóssi, Obaluaiê e Oxaguiam devido à regência do OdúOdi.




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sábado, 7 de dezembro de 2013

Oxum

Osun
Dona das águas. Na áfrica, mora no rio oxum. Senhora da fertilidade, da gestação e do parto, cuida dos recém-nascidos, lavando-os com suas águas e folhas refrescantes. Jovem e bela mãe, mantém suas características de adolescente. Cheia de paixão, busca ardorosamente o prazer. Coquete e vaidosa, é a mais bela das divindades e a própria malícia da
mulher-menina. É sensual, exibicionista, consciente de sua rara beleza. Se utiliza desses atributos com jeito e carinho para seduzir as pessoas e conseguir seus objetivos.
Osun é chamada de Yalodê, título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre todas as mulheres da cidade, além disso, ela é a rainha de todos os rios e exerce seu poder sobre as águas doces, sem a qual a vida na terra seria impossível. Dança de preferência sob o ritmo de sua terra: Igexá. Sua dança lembra o comportamento de uma mulher vaidosa e sedutora.

Ela faz a qualquer um o que o médico não faz, é a Orixá que cura o doente com a água fria. Se cura a criança, não apresenta honorários ao pai. É a Orô, um pássaro que tem uma pena brilhante na cabeça, e a Yalodê, que ajuda as crianças a terem uma mãe. Manda a cabeça má ficar boa. Osun é doce e poderosa como Oni. Osun não concede as más coisas do mundo. Ela tem remédios gratuitos e faz as crianças tomarem mel. Sua palavra é meiga e deixa a criança abraçarem seu corpo com as mãos. A mão da criança é suave, Osun é afável. É cliente dos vendedores de cobre. Agita sua pulseira para ir dançar. Ela é elegante e tem muito dinheiro para divertir-se. Suas jóias são de cobre e é proprietária do pente de cobre e de muitas penas de periquito. Não há lugar onde não se conhece Osun, poderosa como um rei.
Quando Orumilá estava criando o mundo, escolheu Oxum para ser a protetora das crianças. Ela deveria zelar pelos pequeninos desde o momento da concepção, ainda no ventre materno, ate que pudessem usar o raciocínio e se expressar em algum idioma. Por isso, Oxum é considerada o orixá da fertilidade e da maternidade.

Por sua beleza, Oxum também é tida como a deusa da vaidade, sendo vista como uma orixá jovem e bonita, mirando-se em seus espelhos e abanando-se com seu leque (abebê).
A deusa das águas doce, símbolo da riqueza, do charme, da elegância, foi a segunda esposa de Sàngó, antes, porém, esposa de Osossì, sua grande paixão. Patrona do ventre. Governa as ervas antissépticas e desinflamatórias. Seu domínio é subsolo do universo, suas características são a vaidade e a faceirice. Divindade única, genitora, ligada à procriação, patrona da gravidez, do desenvolvimento do feto, coloca o bebê sob sua proteção até que adquira o conhecimentoda línguagem. Foi a primeira Iyami encarregada de ser Olotoju Anon Omi (aquela que vela pelas crianças e cura). O seu axé principal é a atividade que rege esse conhecimento. Mãe ancestral suprema, Osun é considerada a patrona dos peixes, mas é também representada pelos pássaros. O ovo é um dos seus símbolos.
Orê Yeyê ô! Oxum era muito bonita, dengosa e vaidosa. Como o são, geralmente, as belas mulheres. Ela gostava de panos vistosos, marrafas de tartaruga e tinha, sobretudo, uma grande paixão pelas jóias de cobre. Este metal era muito precioso, antigamente, na terra dos iorubás. Se uma mulher elegante possuía jóias de cobre pesadas. Oxum era cliente dos comerciantes de cobre. Omiro wanran wanran wanran omi ro! "A água corre fazendo o ruído dos braceletes de Oxum!" Oxum lavava suas jóias, antes mesmo de lavar suas crianças. Mas tem, entretanto, a reputação de ser uma boa mãe e atende às súplicas das mulheres que desejam ter filhos. (1)


(1) OXUN (Do livro "Lendas Africanas dos Orixás de Pierre Fatumbi Verger e Carybé - Editora Currupio)


Registram-se 16 qualidades, sendo as mais conhecidas: Yaba-Omi (Mãe d'Água), Abae, Ioni, Acare, Bauira, Timi, Aquida, Ninsim, Oponda (a mais nova), Loba (a mais velha), Abote, Apara (usa espada e vive nas estradas com Ogum) e Abalo (muito vaidosa e usa leques).


Lendas
... a primeira Yaba
Filha de Orunmilá e Yemanjá, conta-se ainda que ela foi a primeira Yaba, ou seja, a primeira zeladora de santo, raspando a cabeça da galinha de angola e que colocou o primeiro adocho (coroa), dando assim aos seus descendentes a forma atual. Por isso em todos os fundamentos dos Eleguns, o adocho faz parte do ritual.
... a dona do rio
Oxum foi a segunda mulher de Xangô. A primeira chamava-se Oiá-Iansã e a terceira Obá. Oxum tem o humor caprichoso e mutável. Alguns dias, suas águas correm aprazíveis e calmas, elas deslizam com graça, frescas e límpidas, entre margens cobertas de brilhante vegetação. Numerosos vãos permitem atravessar de um lado a outro. Outras vezes suas águas, tumultuadas, passam estrondando, cheias de correntezas e torvelinhos, transbordando e inundando campos e florestas. Ninguém poderia atravessar de uma margem à outra, pois ponte nenhuma as ligava. Oxum não toleraria uma tal ousadia! Quando ela está em fúria, ela leva para longe e destrói as canoas que tentam atravessar o rio.
Olowu, o rei de Owu, seguido de seu exército, ia para a guerra. Por infelicidade, tinha que atravessar o rio num dia em que este estava encolerizado. Olowu fez a Oxum uma promessa solene, entretanto, mal formulada. Ele declarou: "Se voce baixar o nível de suas águas, para que eu possa atravessar e seguir para a guerra, e se eu voltar vencedor, prometo a você nkan rere", isto é, boas coias. Oxum compreendeu que ele falava de sua mulher, Nkan, filha do rei de Ibadan.
Ela Baixou o nível das águas e Olowu continuou sua expedição. Quando ele voltou, algum tempo depois, vitorioso e com um espólio considerável, novamente encontrou Oxum com o humor perturbado. O rio estava turbulento e com suas águas agitadas. Olowu mandou jogar sobre as vagas toda sorte de boas coisas, as nkan rere prometidas: tecidos, búzios, bois, galinhas e escravos. Mel de abelhas e pratos de mulukun, iguaria onde suavemente misturam-se cebolas, feijão fradinho, sal e camarões. Mas Oxum devolveu todas estas coisas boas sobre as margens. Era Nkan, a mulher de Olowu, que ela exigia. Olowu foi obrigado a submeter-se e jogar nas águas a sua mulher. Nkan estava grávida e a criança nasceu no fundo do rio.
Oxum, escrupulosamente, devolveu o recém-nascido dizendo: "É Nkan que me foi solenemente prometida e não a criança. Tome-a!". As águas baixaram e Olowu voltou tristemente para sua terra. O rei de Ibadan, sabendo do fim trágico de sua filha, indignado declarou: "Não foi para que ela servisse de oferenda a um rio que eu a dei em casamento a Olowu!" Ele guerreou com o genro e o expulsou do país.
OXUN (Do livro "Lendas Africanas dos Orixás de Pierre Fatumbi Verger e Carybé - Editora Currupio)

É D'Oxum











Nessa cidade todo mundo é d'oxum
Homem, menino, menina mulher
Toda essa gente irradia a magia
Presente na Agua doce
Presente na agua salgada e toda cidade brilha
Presente na Agua doce
Presente na agua salgada e toda cidade brilha
Seja tenente ou filho de pescador
Ou importante desembargador
Se dar presente é tudo uma coisa só
A força que mora n'agua
Nao faz destinçao de cor
E toda cidade é d'oxum
A força que mora n'agua
Nao faz destinçao de cor
E toda cidade é d'oxum
É d'oxum aiáiáiáiá, é d'oxum ô, é d'oxum

Eu vou navegar
Eu vou navegar nas ondas do mar eu vou
Navegar, eu vou navegar
Eu vou navegar nas ondas do mar eu vou
Navegar, eu vou navegar
Eu vou navegar nas ondas do mar eu vou
Navegar, eu vou navegar, é d'oxum
Seja tenente ou filho de pesacador
Ou importante desembargador
Se dar presente é tudo uma coisa só
A força que mora n'agua
Nao faz destinçao de cor
E toda cidade é d'oxum
A força que mora n'agua
Nao faz destinçao de cor
E toda cidade é d'oxum
É d'oxum aiáiáiáiá, é d'oxum ô, é d'oxum


                                                                             Sincretismo


A Imaculada Conceição é, segundo o dogma católico, a concepção da Virgem Maria sem mancha ("mácula" em latim) do pecado original. O dogma diz que, desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus, da falta de graça santificante que aflige a humanidade, porque ela estava cheia de graça divina. Também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.1


Imaculada Conceição de Peter Paul Rubens noMuseu do Prado.
A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi definida como uma festa universal em 28 de Fevereiro de 1476 pelo Papa Sisto IV.
A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus2 em 8 de Dezembro de 1854. A Igreja Católica considera que o dogma é apoiado pela Bíblia (por exemplo, Maria sendo cumprimentada peloAnjo Gabriel como "cheia de graça"), bem como pelos escritos dos Padres da Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão3 4 . Uma vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho5 .


Em sua Constituição Apostólica Ineffabilis Deus (8 de dezembro de 1854), que definiu oficialmente a Imaculada Conceição como dogma, o Papa Pio IX recorreu principalmente para a afirmação de Gênesis 3:15, onde Deus disse: "Eu Porei inimizade entre ti e a mulher, entre sua descendência e a dela", assim, segundo esta profecia, seria necessário uma mulher sem pecado, para dar à luz o Cristo, que reconciliaria o homem com Deus. O verso "Tu és toda formosa, meu amor, não há mancha em ti" (na Vulgata: "Tota pulchra es, amica mea, et macula non est in te"6 ), no Cântico dos Cânticos (4,7) é usado para defender a Imaculada Conceição, outros versos incluem:
"Também farão uma arca de madeira incorruptível; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e meio a sua altura." (Êxodo 25:10-11)
"Pode o puro[Jesus]Vir dum ser impuro? Jamais!"(Jó 14:4)
"Assim, fiz uma arca de madeira incorruptível, e alisei duas tábuas de pedra, como as primeiras; e subi ao monte com as duas tábuas na minha mão." (Deuteronômio 10:3)
Outras traduções para a palavras incorruptível ("Setim" em hebraico) incluem "acácia", "indestrutível" e "duro" para descrever a madeira utilizada. Noé usou essa madeira porque era considerada muito durável e "incorruptível". Maria é considerada a Arca da Nova da Aliança (Apocalipse 11:19) e, portanto, a Nova Arca seria igualmente "incorruptível" ou "imaculada".







A Lenda de Oxum

 É deusa das águas doces. É também a deusa do ouro, da fecundidade, do jogo de búzios e do amor. Veste amarelo, dourado, rosa e azul claro. Seu fio de contas é feito de contas de vidro amarelo claro ou escuro ou de louça amarelo claro, dependendo da qualidade. Dança com um espelho-leque na mão, o Abebê, e pode usar espada, quando é de qualidade guerreira. É a segunda (e a mais amada) esposa de Xangô. Seu dia é sábado. Saudamo-la assim: Ora Ieiê Ô! Lenda: Oxum queria saber o segredo do jogo de búzios que pertencia a Exu e este não queria lhe revelar. Ela então procura na floresta as feiticeiras, chamadas YAMI OXORONGÁ. As feiticeiras perguntam a Oxum o que faz ali e ela lhes pede como enganar a Exu e conseguir o segredo do jogo de búzios. As feiticeiras a muito querendo pregar uma peça a Exu, ensinaram toda a sorte de magias a Oxum, mas exigiram que ela lhes fizesse uma oferenda a cada feitiço realizado. Oxum concordou e foi procurar Exu. Ao chegar perto do reino de Exu, este desconfiado perguntou-lhe o que queria por ali, que ela deveria embora e que ele não a ensinaria nada. Ela então o desafia a descobrir o que tem entre os dedos. Exu se abaixa para ver melhor e ela sopra sobre seus olhos um pó mágico que ao cair nos olhos de Exu o cega e arde muito. Exu gritava de dor e dizia; - Eu não enxergo nada, cadê meus búzios? Oxum fingindo preocupação, respondia: - Búzios? Quantos são eles? - Dezesseis, respondeu Exu, esfregando os olhos. - Ah! Achei um, é grande! - É Okanran, me dê ele. - Achei outro, é menorzinho! - É Eta-Ogundá, passa pra cá… E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de búzios, Ifá o Orixá da adivinhação, pela coragem e inteligência da Oxum, resolveu-lhe dar também o poder do jogo e dividí-lo com Exu.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Santa Bárbara






Minha Santa Bárbara
Senhora de mim
Luz que alumia
Esse povo bom da Bahia
Nos livre das tempestades
Desse mundo
Dos raios dessa vida nos proteja
Dona das rosas vermelhas
Soberana divina
Que assim seja
Quatro de dezembro
Tudo é festa
Tudo é paz
O amor se refaz
Em sua glória
E a seus pés
Peço misericórdia
E graça
Agora e sempre
Para seus fieis

Santa Bárbara que paira sobre as sombras
E serena resplandece em cada um que faz o bem
Aceita a minha prece, Amém




Moisés e a Serpente de Bronze



Números 21:4 Então, partiram do monte Hor, pelo caminho do mar Vermelho, a rodear a terra de Edom, porém o povo se tornou impaciente no caminho. 

Números 21:5 E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito, para que morramos neste deserto, onde não há pão nem água? E a nossa alma tem fastio deste pão vil. 

Números 21:6 Então, o SENHOR mandou entre o povo serpentes abrasadoras, que mordiam o povo; e morreram muitos do povo de Israel. 

Números 21:7 Veio o povo a Moisés e disse: Havemos pecado, porque temos falado contra o SENHOR e contra ti; ora ao SENHOR que tire de nós as serpentes. Então, Moisés orou pelo povo. 

Números 21:8 Disse o SENHOR a Moisés: Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá. 

Números 21:9 Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze. 

Sarava, axé!

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Nas águas de Amaralina Mart'nália


Fui pra's águas do mar de Amaralina
com mágoas de mais em cima
Aos meus sonhos juntei perfume e flores,
desejos, temores
Prometi novamente voltar pra's águas
Se a força do mar me vingasse as mágoas
Esperei, me curvei
e na terceira onda entreguei pra Jana
Ína, meu amor!
Vaidosa e brejeira, Mãe menina
Janaína ê ê Janaína...
Devolveu perfume e flor, que sina!
Mas, um velho me falou
Que Jana jamais bancou
Vinganças no desamor e então,
voltei ao mesmo lugar,
com peito aberto sem dor
Aí o meu coração sarou
Ína, meu amor!
Vaidosa e brejeira, Mãe menina


Confira este vídeo no YouTube:

http://youtu.be/m3SNfGRmGNo


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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Oxum Dourada








Dourada é a tua estrada de Luz
Assim como o ouro que te pertence.
Derrama a tua pureza cristalina,
Orixá das águas doces.
Não permita que neblina alguma
Obscureça o meu desejo mais profundo,
Que é conseguir amor verdadeiro,
Seguro, eterno e duradouro.

Estás presente nas cachoeiras,
Que são sagradas por si só.
Portanto, faze com que se apague
Todo sentimento se eu sofrer.

Não verterei nenhuma lágrima por aqueles
Que não me correspondem no amor.
Não sofrerei por ninguém
Que, com mentiras, me faltar com o respeito,
Porque não permitirás que
Frieza, inveja ou ciúmes me traiam.

És doce, protetora,
Suave e vaidosa
Feminina e sedutora.

Ó Mãe Oxum! Dá-me o teu axé,
Dá-me a tua força, da-me a alquimia
Como o néctar mais sublime,
Para eu saber como respeitar e venerar.

No mel está teu segredo,
Que eu saberei utilizar.


- "O Tarô Sagrado dos Orixás", de Zolrak



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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Xangô (Sòngó)

DIA: Quarta-Feira
CORES: Vermelho (ou marrom) e branco
COMIDA: Amalá
SÍMBOLOS: Oxés (machados duplos), Edún-Àrá, xerê
ELEMENTOS: Fogo (grandes chamas, raios), formações rochosas.
DOMÍNOS: Poder estatal, justiça, questões jurídicas.
SAUDAÇÃO: Kawó Kabiesilé!!
 
 
 
 
Nem seria preciso falar do poder de Xangô (Sòngó), porque o poder é a sua síntese. Xangô nasce do poder morre em nome do poder. Rei absoluto, forte, imbatível. O prazer de Xangô é o poder. Xangô manda nos poderosos, manda em seu reino e nos reinos vizinhos. Xangô é rei entre todos os reis. Não existe uma hierarquia entre os orixás, nenhum possui mais axé que o outro, apenas Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o orixá mais velho, goza de certa primazia. Contudo, se preciso fosse escolher um orixá todo-poderoso, quem, senão Xangô para assumir esse papel?
Xangô gosta dos desafios, que não raras vezes aparecem nas saudações que lhe fazem seus devotos na África. Porém o desafio é feito sempre para ratificar o poder de Xangô.
A maneira como todos devem se referir a Xangô já expressa o seu poder. Procure imaginar um elefante, mas um Elefante-de-olhos-tão-grandes-quanto-potes-de-boca-larga: esse é Xangô e, se o corpo do animal segue a proporção dos olhos, Xangô realmente é o Elefante-que-manda-na-savana, imponente, poderoso.
Percebe-se que a imagem de poder está sempre associada a Xangô. O poder real, por exemplo, lhe é devido por ter se tornado o quarto alafim de Òyó, que era considerada a capital política dos iorubas, a cidade mais importante da Nigéria. Xangô destronou o próprio meio-irmão Dadá-Ajaká com um golpe militar. A personalidade paciente e tolerante do irmão irritavam Xangô e, certamente, o povo de Òyó, que o apoiou para que ele se tornasse o seu grande rei, até hoje lembrado.
O trono de Òyó já pertencia a Xangô por direito, pois seu pai, Oranian, foi fundador da cidade e de sua dinastia. Ele só fez apressar a sua ascensão. Xangô é o rei que não aceita contestação, todos sabem de seus méritos e reconhecem que seu poder, antes de ser conquistado pela opressão, pela força, é merecido. Xangô foi o grande alafim de Òyo porque soube inspirar credibilidade aos seus súbditos, tomou as decisões mais acertadas e sábias e, sobretudo, demonstrou a sua capacidade para o comando, persuadindo a todos não só por seu poder repressivo como por seu senso de justiça muito apurado.
Não erram, como se viu, os que dizem que Xangô exerce o poder de uma forma ditatorial, que faz uso da força e da repressão para manter a autoridade. Sabe-se, no entanto, que nenhuma ditadura ou regime despótico mantém-se por muito tempo se não houver respaldo popular. Em outros termos, o déspota reflecte a imagem de seu povo, e este ama o seu senhor, seja porque nos momentos de tensão responde com eficiência, seja por assumir a postura de um pai. No caso de Xangô, sua rectidão e honestidade superam o seu carácter arbitrário; suas medidas, embora impostas, são sempre justas e por isso ele é, acima de tudo, um rei amado, pois é repressor por seu estilo, não por maldade.
Fato é que não se pode falar de Xangô sem falar de poder. Ele expressa autoridade dos grandes governantes, mas também detém o poder mágico, já que domina o mais perigoso de todos os elementos da natureza: o fogo. O poder mágico de Xangô reside no raio, no fogo que corta o céu, que destrói na Terra, mas que transforma, que protege, que ilumina o caminho. O fogo é a grande arma de Xangô, com a qual castiga aqueles que não honram seu nome. Por meio do raio ele atinge a casa do próprio malfeitor.
Xangô é bastante cultuado na região de Tapá ou Nupê, que, segundo algumas versões históricas, seria terra de origem de sua família materna.

Tudo que se relaciona com Xangô lembra realeza, as suas vestes, a sua riqueza, a sua forma de gerir o poder. A cor vermelha, por exemplo, sempre esteve ligada à nobreza, só os grandes reis pisavam sobre o tapete vermelho, e Xangô pisa sobre o fogo, o vermelho original, o seu tapete.
Xangô sempre foi um homem bonito extremamente vaidoso, por isso conquistou todas a mulheres que quis, e, afinal, o que seria um ‘olhar de fogo’senão um olhar de desejo ardente? Quem resiste ao olhar de “flirt” de Xangô?
Xangô era um amante irresistível e por isso foi disputado por três mulheres. Iansã foi sua primeira esposa e a única que o acompanhou em sua saída estratégica da vida. È com ela que divide o domínio sobre o fogo.
Oxum foi à segunda esposa de Xangô e a mais amada. Apenas por Oxum, Xangô perdeu a cabeça, só por ela chorou.

A terceira esposa de Xangô foi Oba, que amou e não foi amada. Oba abdicou de sua vida para viver por Xangô, foi capaz de mutilar o seu corpo por amor o seu rei.
Xangô decide sobre a vida de todos, mas sobre a sua vida (e sua morte) só ele tem o direito de decidir. Ele é mais poderoso que a morte, razão pela qual passou a ser o seu anti-símbolo.
Características dos filhos de Xangô
É muito fácil reconhecer um filho de Xangô apenas por sua estrutura física, pois seu corpo é quase sempre muito forte, com uma quantidade razoável de gordura, apontando a sua tendência à obesidade; mas a sua boa constituição óssea suporta o seu físico avantajado. Há também os magros e muito elegantes.
Com forte dose de energia e auto-estima, os filhos de Xangô têm consciência de que são importantes e respeitáveis, portanto quando emitem sua opinião é para encerrar definitivamente o assunto. Sua postura é sempre nobre, com a dignidade de um rei. Sempre andam acompanhados de grandes comitivas; embora nunca estejam sós, a solidão é um de seus estigmas.
Conscientemente são incapazes de ser injustos com alguém, mas um certo egoísmo faz parte de seu arquétipo. São extremamente austeros (para não dizer sovinas), portanto não é por acaso que Xangô dança alujá com a mão fechada. Gostam do poder e do saber, que são os grandes objectos de sua vaidade.
São amantes vigorosos, em seu lado negativo, pobre das mulheres cujos maridos são de Xangô. Um filho de Xangô está sempre cercado por amigos, auxiliares, no caso de governantes, empresários, mas a tendência é que aqueles que decidem ao seu lado sejam sempre homens.
Os filhos de Xangô são obstinados, agem com estratégia e conseguem o que querem. Tudo que fazem marca de alguma forma sua presença; fazem questão de viver ao lado de muita gente e têm pavor de ser esquecido, pois, sempre presentes na memória de todos, sabem que continuarão vivos após a sua ‘retirada estratégica’.

(Candomblé: O mundo dos Orixás)

Danças Brasileiras - Candomblé -



"Viajando pelo Brasil, procurando conhecer e aprender os passos, gingados dos dançarinos populares, aprendemos que as danças circulam, e que o corpo informa sobre a vida de cada dançarino."

Documentário produzido pelo Canal Futura, apresentado por Antônio Nóbrega e Rosane Almeida. Nesse episódio, o Candomblé de Nação Ketu do Pai Leopoldo.

"O Candomblé é uma das principais manifestações da cultura afro-brasileira. Seus orixás preservam a identidade das etnias africanas de onde se originaram. As danças das entidades são uma das grandes fontes para a dança brasileira."


 
 
 
 

Documentário sobre o Candomblé

Este vídeo trata-se de um documentário sobre Candomblé. O documentário é curtinho mas tem um conteúdo muito interessante.


terça-feira, 26 de março de 2013

26 de Março (Aniversario de Santo) 35 anos


História de Oxumarê





OXUMARÊ

Oxumarê é o Arco Íris, sinal de bons tempos, de bonança. É o Orixá da riqueza, do dinheiro, chamando carinhosamente de " o banqueiro dos Orixás". É a cobra sagrada Dan. Orixá da prosperidade, da fartura, do lucro.

O homem, que vive atrás do dinheiro, que trabalha para ganhar seu sustento, não pode imaginas, às vezes, que tem esta força da Natureza diariamente ao seu lado. Oxumarê esta presente praticamente em todos os momentos de nossa vida, pois tudo gira em torno do dinheiro.

Oxumarê está presente nas negociações, no pagamento de contas, no recebimento de um prêmio, na compra, nos negócios envolvendo gastos, lucros e despesas. Está presente nos bancos, nas financeiras, enfim, nos lugares onde se manuseia dinheiro.

Oxumarê é o perde/ganha do homem. É a felicidade de receber uma quantia e a tristeza de perder outra. É o elemento das grandes negociações, da aposta. Seu encanto está no tilintar das moedas.

É também o Orixá das prosperidades, da fartura, da abundância. É por isso que aqueles regidos por Oxumarê sempre estão bem e vida. Para eles o dinheiro não e problema. Gastam e ganham demais e estão sempre com os bolsos cheios.

Oxumarê é aquele que sabe fazer negócios. Quando se vai fechar um contrato, fazer uma compra, uma proposta, vender algo invocamos Oxumarê para nos orientar, pois ele é o Orixá que sabe negociar. É ele que sabe pechinchar, tratar, comprar e vender.

Oxumarê também é a beleza das cores. É o arco-íris, que vai colorir o céu, anunciando coisas boas. É o fenômeno que vai gerar o colorido do céus. É a beleza da cor, a hipnose da cobra, a felicidade do lucro.

Mitologia

Irmão gêmeo de Ewá e tendo com irmãos mais velhos Ossãe e Obaluaê - todos filhos de Nana – Oxumarê sempre foi frágil, franzino, mas dotado de grande inteligência e capacidade.

Um dia, viu-se frente à frente com Olokun pai de Iemanjá, que perguntou-lhe como poderia achar pedras brilhantes, preciosas.

Oxumarê pensou, pensou e respondeu ao Senhor do oceano:

- Meu rei, se quer as pedras preciosas, é preciso que faça um investimento e me dê seis mil búzios (moeda corrente na África antiga).

Respondeu Olokun

- Eu lhe dou!

E Oxumarê apontou para a própria casa de Olokun, o mar, explicando-lhe que nas partes rasas poderia encontrar o que procura. As pedras, nos pontos mais rasos do mar, brilhavam com a luz do sol.

Olokun ficou tão feliz que, além do pagamento dos seis mil búzios, ainda deu a Oxumarê a capacidade de transformar-se em serpente e poder, com a ponta do rabo, tocar a terra e com a cabeça tocar o céu.

Com tal poder, Oxumarê transformou-se em serpente, esticou-se até a terá de Olorun, no céu e com os seus mil búzios falou ao Criador:

- Pai, cheguei até o Senhor. Tive que esticar-me demais, para pedir-lhe ajuda, para fazer de mim aquele que tem capacidade de dobrar tudo o que tem.

E Olorun dobrou o número de búzios – de seis para doze mil.

Daí para frente, Oxumarê passou a ser consultado sobre os grandes negócios dos Orixás. Principalmente Xangô, que fez dele seu consultor, seus grande conselheiro, aumentando sua riqueza de deus do trovão, ao mesmo tempo em que a do próprio Oxumarê.

E este poder de se transformar em serpente e ir até o céu, originou uma saudação em forma de Orikí, muito bonito, que diz:

- Oxumarê ego bejirin fonná diwó.

"O Arco-íris que se desloca com a chuva e guarda o fogo no punho."


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sexta-feira, 15 de março de 2013

Ewé : Verger e as Plantas

Ewé : Verger e as Plantas




O horto que Verger sonhava em construir no quintal nunca ficou pronto, mas basta dar uma olhada no terreno em volta da sua casa, atual sede da Fundação Pierre Verger, para perceber que, no pequeno espaço de que dispunha, ele conseguiu incluir o essencial. Aonde ia, estava sempre interessado nas plantas e não hesitava em pedir uma "mudinha". O interesse começou "desde 1950, mais ou menos, quando estudei para ser Babalaô, porque tinha o direito e dever de aprender com mestres africanos os trabalhos das plantas medicinais e litúrgicas".

Na África, Verger recolheu e catalogou informações sobre 3.549 plantas usadas pelos iorubás, sendo que cerca de 200 delas são conhecidas no Brasil pelos nomes africanos. Seu interesse principal era o uso medicinal de plantas como revigorantes e calmantes, "que têm talvez intervenção no candomblé para ajudar as pessoas a receber o santo e também a voltar ao estado normal, porém, como as informações recolhidas sobre outras utilizações podiam ter interesse para outros pesquisadores tive que anotá-las". Um aspecto que ele descobriu ser fundamental é que "as plantas trabalham em sinergia, em combinação com outras".

Como não dispunha de muito espaço, Verger reunia as plantas, estudava-as e depois doava. Em 1969, mandou 1.210 exemplares para Paris. Em 1976, doou 150 plantas da flora baiana ao Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia. Na reunião e classificação dessas plantas, ele contou com a ajuda de instituições como o Serviço Botânico de Ibadan, de pesquisadores como o biólogo Alexandre Leal Costa e de sacerdotisas como Mãe Senhora e Olga do Alaketu. Os primeiros textos sobre o assunto começaram a ser publicados no final da década de 60, tratando de aspectos como a memorização do uso das plantas através de versos, o sistema de classificação de plantas criado pelos iorubás e outros.

Em 1995, foi lançado o livro Ewé, o uso das plantas na sociedade iorubá. Trata-se de 2.216 receitas com folhas, cascas, sementes, frutos, flores e raízes, usados para as mais diversas finalidades: problemas de pele, impotência sexual, falta de dinheiro, pesadelos. Além da identificação das plantas e fórmulas, em iorubá e português, Verger inclui e analisa as palavras que devem ser pronunciadas durante os rituais, um ponto essencial na liturgia iorubá. Como explica Verger, "no candomblé, a coisa mais importante é a questão das folhas, das plantas que se utilizam no momento em que se faz a iniciação. A natureza está sempre presente dentro da cerimônia. Antes de se fazer a cerimônia, a gente toma banho de certas plantas, para ter esse axé, essa força que está dentro das plantas".

Sorrisos

Parece-me que o sorriso, e só ele, faz aquilo que chamamos a beleza de um rosto(Leon Tolstoi).

Um livro que reúne fotos de pessoas sorrindo em vários locais do mundo registradas por Verger em suas viagens. Sorrisos foi publicado esse mês, pela Fundação Pierre Verger e a Solisluna Editora e foi concebido e editado por Enéas Guerra e Valéria Pergentino.Traz oitenta e cinco fotos da temática sorriso intercaladas com alguns trechos de poesias de mesmo tema. O texto de abertura é de Katherine Funke e ao final da obra, há uma biografia de Pierre Verger.
O livro pode ser encontrado na
Fundação Pierre Verger e nas principais livrarias.

Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios.”
(Marthin Luther King).

 “Se alguém está tão cansado que não possa te dar um sorriso, deixa-lhe o teu.”(provérbio chinês).


Vale a pena conferir!!

quarta-feira, 13 de março de 2013

Campanha " Feliciano não me representa "

O Blogger  " O Candomblé e seus encantos " está aderindo a campanha :

"Feliciano Não Me Representa."



Eu  sou Pintada, Raspada e Catulada,
mulher, mãe, avó, brasileira, humana ... 
Sou o que sou, do jeito que eu quiser ser e
 
FELICIANO NÃO ME REPRESENTA!














Da série: Cantigas de Umbanda


Estive relembrando cantigas de Umbanda.