segunda-feira, 23 de maio de 2016

Orixás transformados em pessoas formam série fotográfica "The Orisha Experience"




Os Yorubás, um dos maiores grupos étnicos da África, vivem em sua maioria no oeste da Nigéria. Nessa sociedade tradicional, originou-se, em sua religião, o culto idolátrico ao orixá. Durante muitos anos, a fé yorubá foi difundida e ramificada dentro do continente africano, mas foi só com o voraz e desumano tráfico negreiro que a América (especialmente Brasil e Cuba) passou a conhecê-la. O surgimento das religiões afro-brasileiras se deu por meio da fusão da cultura de sacerdotes africanos escravizados que passaram a cultuar mais de um orixá. Assim, surgiram religiões como o Candomblé e a Umbanda.

Para quem não sabe, os orixás são ancestrais divinizados que se manifestam os elementos do cosmos, dos seres vivos, dos fenômenos naturais, dos elementos da natureza e dos sentimentos imanados aos seres humanos. A literatura de toda essa cultura, desde as primeiras crenças até as ramificações atuais, é ainda muito escassa. Essas divindades vivem em nossa imaginação, cada um com a sua imagem ideal, tornando-se base ilustrações e desenhos. A originalidade do trabalho que venho a falar trata exatamente disso.

James C. Lewis é um fotógrafo que aplicou responsabilidade social em sua arte. Negro e norte-americano, viu o seu trabalho como uma ferramenta de combate ao racismo, ao evidenciar a beleza afro e participar de campanhas contra o preconceito. A identidade que ele criou deu espaço a novas experiências fotográficas, entre elas a exploração de suas raízes religiosas.

Dado o modelo de educação ocidental, James não chegou a ter muito contato com religiões politeístas em seus dias de escola. O interesse por conhecer mais resultou no estudo da riqueza cultural dos yorubás e, imediatamente após esse contato, inspirou-se para criar uma série de fotos retratando a sua visão artístico-criativa dessas divindades. Lewis decidiu focar-se na verdadeira origem da fé yorubá, portanto o nome de cada orixá foi escrito no dialeto original da época de sua concepção.
Impressione-se com a coleção Yoruba African Orishas:

























Exú: Divindade africana das encruzilhadas, contraventor, 
mensageiro entre a humanidade e divindades.

Iansã: Divindade guerreira africana do vento, mudanças repentinas, furações e fontes poderosas.

Ifá: Divindade africana da sabedoria, adivinhação e previsão.

Oxum: Divindade africana da beleza, amor, fertilidade e deusa dos rios.

Olokun: Divindade africana do oceano profundo, do abismo e simboliza sabedoria insondável.

Ossanha: Divindade africana da floresta, curandeiro natural e guardião das ervas.

Xangô: Divindade africana do fogo, do relâmpago e do trovão. 
Também representa poder masculino e sexualidade.

Aganju: Divindade africana dos vulcões e dos desertos. É o pai de Xangô,
 mas apontado como irmão em outras histórias.

Obaluayê: Divindade africana das enfermidades e doenças infecciosas. 
Também é o curador de  todas as moléstias.

Erinlé: Divindade africana da saúde física e do bem-estar. 
Atua como médico para os deuses.

Oxalá: Divindade africana da humanidade, representa a retidão espiritual e moral. 
Rei do pano branco e segundo filho de Olorum.

Obá: Divindade africana do casamento e domesticidade.

 Esposa banida de Xangô e filha de Iemanjá.

Oxumaré: Divindade africana do movimento direto, do arco-íris e da serpente. 
Guardião das crianças, mudanças de sexo, senhor das coisas alongadas
 e controlador do cordão umbilical.

Okô: Divindade africana da agricultura e da colheita.

Olorum: Deus criador do universo. Pai de todos os orixás e do céu.

Orí: É o conceito metafísico de uma instituição espiritual e do destino. Significa cabeça.

Oxóssi: Divindade africana da caça e da aferição. Vingador do acusado 
e daqueles que buscam justiça.

Iemanjá: Mãe divina africana da humanidade. Divindade do mar, 
filha de Oxalá e mulher de Aganju.

Ibeji: Divindades africanas crianças da juventude e vitalidade. 
Também conhecidos como os gêmeos sagrados.

Ogum: Divindade africana guerreira, do ferro, trabalho, política, 
sacrifício e da tecnologia.



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