terça-feira, 26 de março de 2013

26 de Março (Aniversario de Santo) 35 anos


História de Oxumarê





OXUMARÊ

Oxumarê é o Arco Íris, sinal de bons tempos, de bonança. É o Orixá da riqueza, do dinheiro, chamando carinhosamente de " o banqueiro dos Orixás". É a cobra sagrada Dan. Orixá da prosperidade, da fartura, do lucro.

O homem, que vive atrás do dinheiro, que trabalha para ganhar seu sustento, não pode imaginas, às vezes, que tem esta força da Natureza diariamente ao seu lado. Oxumarê esta presente praticamente em todos os momentos de nossa vida, pois tudo gira em torno do dinheiro.

Oxumarê está presente nas negociações, no pagamento de contas, no recebimento de um prêmio, na compra, nos negócios envolvendo gastos, lucros e despesas. Está presente nos bancos, nas financeiras, enfim, nos lugares onde se manuseia dinheiro.

Oxumarê é o perde/ganha do homem. É a felicidade de receber uma quantia e a tristeza de perder outra. É o elemento das grandes negociações, da aposta. Seu encanto está no tilintar das moedas.

É também o Orixá das prosperidades, da fartura, da abundância. É por isso que aqueles regidos por Oxumarê sempre estão bem e vida. Para eles o dinheiro não e problema. Gastam e ganham demais e estão sempre com os bolsos cheios.

Oxumarê é aquele que sabe fazer negócios. Quando se vai fechar um contrato, fazer uma compra, uma proposta, vender algo invocamos Oxumarê para nos orientar, pois ele é o Orixá que sabe negociar. É ele que sabe pechinchar, tratar, comprar e vender.

Oxumarê também é a beleza das cores. É o arco-íris, que vai colorir o céu, anunciando coisas boas. É o fenômeno que vai gerar o colorido do céus. É a beleza da cor, a hipnose da cobra, a felicidade do lucro.

Mitologia

Irmão gêmeo de Ewá e tendo com irmãos mais velhos Ossãe e Obaluaê - todos filhos de Nana – Oxumarê sempre foi frágil, franzino, mas dotado de grande inteligência e capacidade.

Um dia, viu-se frente à frente com Olokun pai de Iemanjá, que perguntou-lhe como poderia achar pedras brilhantes, preciosas.

Oxumarê pensou, pensou e respondeu ao Senhor do oceano:

- Meu rei, se quer as pedras preciosas, é preciso que faça um investimento e me dê seis mil búzios (moeda corrente na África antiga).

Respondeu Olokun

- Eu lhe dou!

E Oxumarê apontou para a própria casa de Olokun, o mar, explicando-lhe que nas partes rasas poderia encontrar o que procura. As pedras, nos pontos mais rasos do mar, brilhavam com a luz do sol.

Olokun ficou tão feliz que, além do pagamento dos seis mil búzios, ainda deu a Oxumarê a capacidade de transformar-se em serpente e poder, com a ponta do rabo, tocar a terra e com a cabeça tocar o céu.

Com tal poder, Oxumarê transformou-se em serpente, esticou-se até a terá de Olorun, no céu e com os seus mil búzios falou ao Criador:

- Pai, cheguei até o Senhor. Tive que esticar-me demais, para pedir-lhe ajuda, para fazer de mim aquele que tem capacidade de dobrar tudo o que tem.

E Olorun dobrou o número de búzios – de seis para doze mil.

Daí para frente, Oxumarê passou a ser consultado sobre os grandes negócios dos Orixás. Principalmente Xangô, que fez dele seu consultor, seus grande conselheiro, aumentando sua riqueza de deus do trovão, ao mesmo tempo em que a do próprio Oxumarê.

E este poder de se transformar em serpente e ir até o céu, originou uma saudação em forma de Orikí, muito bonito, que diz:

- Oxumarê ego bejirin fonná diwó.

"O Arco-íris que se desloca com a chuva e guarda o fogo no punho."


- Posted using BlogPress from my iPhone

sexta-feira, 15 de março de 2013

Ewé : Verger e as Plantas

Ewé : Verger e as Plantas




O horto que Verger sonhava em construir no quintal nunca ficou pronto, mas basta dar uma olhada no terreno em volta da sua casa, atual sede da Fundação Pierre Verger, para perceber que, no pequeno espaço de que dispunha, ele conseguiu incluir o essencial. Aonde ia, estava sempre interessado nas plantas e não hesitava em pedir uma "mudinha". O interesse começou "desde 1950, mais ou menos, quando estudei para ser Babalaô, porque tinha o direito e dever de aprender com mestres africanos os trabalhos das plantas medicinais e litúrgicas".

Na África, Verger recolheu e catalogou informações sobre 3.549 plantas usadas pelos iorubás, sendo que cerca de 200 delas são conhecidas no Brasil pelos nomes africanos. Seu interesse principal era o uso medicinal de plantas como revigorantes e calmantes, "que têm talvez intervenção no candomblé para ajudar as pessoas a receber o santo e também a voltar ao estado normal, porém, como as informações recolhidas sobre outras utilizações podiam ter interesse para outros pesquisadores tive que anotá-las". Um aspecto que ele descobriu ser fundamental é que "as plantas trabalham em sinergia, em combinação com outras".

Como não dispunha de muito espaço, Verger reunia as plantas, estudava-as e depois doava. Em 1969, mandou 1.210 exemplares para Paris. Em 1976, doou 150 plantas da flora baiana ao Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia. Na reunião e classificação dessas plantas, ele contou com a ajuda de instituições como o Serviço Botânico de Ibadan, de pesquisadores como o biólogo Alexandre Leal Costa e de sacerdotisas como Mãe Senhora e Olga do Alaketu. Os primeiros textos sobre o assunto começaram a ser publicados no final da década de 60, tratando de aspectos como a memorização do uso das plantas através de versos, o sistema de classificação de plantas criado pelos iorubás e outros.

Em 1995, foi lançado o livro Ewé, o uso das plantas na sociedade iorubá. Trata-se de 2.216 receitas com folhas, cascas, sementes, frutos, flores e raízes, usados para as mais diversas finalidades: problemas de pele, impotência sexual, falta de dinheiro, pesadelos. Além da identificação das plantas e fórmulas, em iorubá e português, Verger inclui e analisa as palavras que devem ser pronunciadas durante os rituais, um ponto essencial na liturgia iorubá. Como explica Verger, "no candomblé, a coisa mais importante é a questão das folhas, das plantas que se utilizam no momento em que se faz a iniciação. A natureza está sempre presente dentro da cerimônia. Antes de se fazer a cerimônia, a gente toma banho de certas plantas, para ter esse axé, essa força que está dentro das plantas".

Sorrisos

Parece-me que o sorriso, e só ele, faz aquilo que chamamos a beleza de um rosto(Leon Tolstoi).

Um livro que reúne fotos de pessoas sorrindo em vários locais do mundo registradas por Verger em suas viagens. Sorrisos foi publicado esse mês, pela Fundação Pierre Verger e a Solisluna Editora e foi concebido e editado por Enéas Guerra e Valéria Pergentino.Traz oitenta e cinco fotos da temática sorriso intercaladas com alguns trechos de poesias de mesmo tema. O texto de abertura é de Katherine Funke e ao final da obra, há uma biografia de Pierre Verger.
O livro pode ser encontrado na
Fundação Pierre Verger e nas principais livrarias.

Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios.”
(Marthin Luther King).

 “Se alguém está tão cansado que não possa te dar um sorriso, deixa-lhe o teu.”(provérbio chinês).


Vale a pena conferir!!

quarta-feira, 13 de março de 2013

Campanha " Feliciano não me representa "

O Blogger  " O Candomblé e seus encantos " está aderindo a campanha :

"Feliciano Não Me Representa."



Eu  sou Pintada, Raspada e Catulada,
mulher, mãe, avó, brasileira, humana ... 
Sou o que sou, do jeito que eu quiser ser e
 
FELICIANO NÃO ME REPRESENTA!














Da série: Cantigas de Umbanda


Estive relembrando cantigas de Umbanda.